8.4.09

Você não vai querer ler isto

Descobri que ligo demais pra uma coisa que não tem razão de ser. O lado ruim disso se revelou hoje, apesar de não ter absolutamente nada confirmado. E, mesmo se tivesse, não faria diferença. Então porque eu me importo (tanto)?

Talvez por isso eu seja tão como eu sou, meio frio e chato. Muito chato.

Queria poder mudar algumas coisas em mim, mas é difícil. Talvez força divina ou falta de controle próprio, vai saber. O que importa é que preciso repensar sobre quem eu sou, ou o que seria eu.

Me sinto tão egoísta só querendo, querendo. Essa insatisfação chega a me irritar. Como eu não posso ser agradecido por tudo que tenho, por o que sou? Passei em uma faculdade federal para um curso concorrido, estudei em um ótimo colégio público, tenho pespectiva, visão de futuro, estabilidade financeira e emocional. Ainda assim continuo buscando o que não tenho, o que não sou, algumas vezes até utopias.

Será isso bom ou ruim? Quer dizer, sem esse senso de conquista a humanidade não chegaria onde está (não que seja um bom lugar, mas é melhor do que nada). Mas até que ponto isso se torna estimulante e desafiador? Quando essa busca se torna a fonte de frustações?

No meu caso acho que está bem definido quando isso se torna algo ruim. Sei exatamente o que mudar, no entanto nada acontece. Fico completamente inerte quando há uma oportunidade de mudar.

O maior problema é minha auto-estima e confiança. Se eu achar que estou fazendo aquilo errado vou me achar um babaca, por isso preciso ter certeza que o ambiente e os envolvidos são seguros, sem suspeitas (o que não é fácil de acontecer).

Pois bem, agora aconteceu. E é por isso que eu estou assim. Texto só pra desabafar mesmo.

Nota pra mim mesmo: gravar o uso dos porquês. Srsly, cansa procurar no Google toda vez que for escrever usando-os.

Um comentário:

Anônimo disse...

Acho que a medida é ser grato e ter consciência do que somos, porque somos e onde/quando somos. Mas ao mesmo tempo, buscar sermos diferentes. Se você se satisfazesse, o que faria da vida?

Talvez a "felicidade" se encontre na medida entre a insatisfação e a satisfação. Ou no caminho de um para o outro. Afinal, se um dia chegarmos a pensar "Pronto, estou perfeito. Não há nada mais para esculpir em mim." teremos acabado a vida, e o que faremos? Sentaremos e esperaremos a morte?

Mas também, se passarmos o tempo todo não gostando do que somos, teremos uma vida amarga e difícil.

Parece.. difícil. Mas eu acho que eu entendo (o que eu penso).