30.3.09

Under

Qual o motivo que leva uma pessoa a odiar uma rede social só porque ela está popular?
Li uma matéria no site na Globo.com outro dia falando sobre um pessoal que não gosta quando um site ou serviço se torna conhecido, como Orkut e Twitter.

Sinceramente, eu não vejo nexo nisso. O objetivo desses sites não é reunir seus conhecidos e compartilhar interesses?

Não acho que os spammers sejam um incômodo tão grande que me faça migrar para o Facebook, por exemplo. Na verdade até tenho uma conta lá, mas a questão é: quase ninguém tem uma conta no facebook – ao menos no Brasil.
Discriminar o orkut porque caiu no gosto popular é bobagem. Além do que acho inútil participar de uma rede social sem conhecidos de verdade. Não vejo sentido em seguir alguém que você mal conhece no Twitter nem em adicionar milhares de pessoas que não se conhece no Myspace.

Essas crises de underground me irritam em qualquer aspecto, principalmente com música. A maioria dos artistas não está muito interessada em ser uma banda com poucos fãs, e sim um grande sucesso. Então por que não ficar feliz quando há reconhecimento pelo trabalho?


Desprezar aqueles que souberam das obras de uma pessoa um tempo depois, ou mesmo através da mídia, não é motivo que o tornará mais ou menos fã. Claro que há aqueles que só entram na onda da fama, mas com eles também vêm muitos admiradores de verdade.

19.3.09

Bêbado de sono

POIS É, MINHA GENTE

Tipos, fiquei com vontade de postar e to MORRENDO de sono. Muito sono mesmo. Portanto, esse será um post surtado, talvez vocês não queriam ler.

Ou queiram, né. Quando eu surto e começo a escrever é bem engraçado.

Pois então, já mandei uns 5 ou 6 scraps babacas pros meus amigos e QUASE mandei pra uma conhecida minha por causa de uma comunidade de RBD.

Vi um filme agorinha no telecine. Aquele troço é tipos Q mas me fez pensar um pouco. Depois de pensar eu comecei a ficar com sono e deu nisso aqui. O garoto bonitinho que parecia drogadão MATOU UM CARA. Tipo, ele tava num trem aí o guarda foi tirar ele de lá AÍ O MLK EMPURROU O GUARDA aí apareceu outro trem tipo, do nada, e cortou o cara ao meio. AO MEIO. Aí blza, o cara morreu, coitado AÍ O MLK FICOU LOOOONGE do mundo, foi mó estranho. Mas bem divertidinho, o chato foi que a maioria das cenas não tinha som nenhum, e isso me irrita profundamente.

Falando em irritar, eu vou propor um projeto de lei pra trocarem as lâmpadas dos postes pelas fluorecentes. Além de gastar menos energia a luz amarela é MUITO chata. Se fosse tudo de luz branca seria muito amor. Tudo bem que a noite perderia seu glamour, mas isso é só acostumar e fica blza.

Outro coisa que me irrita é a lerdeza do fotolog. SE É PRA FAZER FAZ DIREITO E É ISSO AE. MESMO SENDO DE GRAÇA VLW FLW.

E fui ao curso de inglês NA CHUVA, MLK. CHEGUEI LÁ A DIRETORA ME VIU (ela me conhece lol) E FEZ AQUELA CARA DE "TÁ CHOVENDO, HEIN? RISOS". Sorte que um pouco antes eu tirei o óculos pq tava todo molhado, aí nem vi a expressão dela direito (SOU CEGO, UM BEIJO). Mas é isso ae

Quero animação na minha rotina, e duvido que amanhã tenha alguma pq tenho aula com o PIOR PROFESSOR EVER. MLK, odeio aquele sujeito. Hoje ele chegou UMA HORA ATRASADO, sentou na cadeira, falou da "apostila da pós graduação que ele tá ajustando pro nosso curso" (ele fala isso desde fevereiro, mas nunca terminou essa droga. Na minha opinião ele só comenta pra gente pensar "nossa, que professor esforçado", mas ele é um babaca) AÍ DEPOIS DISSO ficou uma meia hora sentado, fingindo que lia alguma coisa importante E SAIU DO NADA. TIPO, DO NADA. O HOMEM LEVANTOU NA FRENTE DA TURMA INTEIRA E FOI EMBORA. Quer dizer, depois perguntam o por quê de eu odiar quintas-feiras (tenho aula o dia inteiro com ele nas quintas)

Outra coisa, eu sempre demoro a responder scraps, tá? Quando me dá preguiça eles ficam um bom tempo até serem respondidos, portanto, se alguém que leu isso daqui me manda scraps com certa frequencia e se sentem não-correspondidos, vocês devem se sentir assim mesmo. Não por eu não gostar de vcs (pela internet só não gosto do pato que fica falando coisas random no msn SE VC TIVER LENDO ISSO, PUXE ASSUNTOS INTERESSANTES. EU NÃO QUERO IR NA PALESTRA DE ELETRÔNICA FTW DA UFRJ. NÃO VOU ATÉ O FUNDÃO PRA VER NÚMEROS, UM BEIJO). Enfim, eu só tenho preguiça de responder, MAS AMO TODOS <3 <3 <3

É ISSO, to quase caindo no teclado de tanto sono

E quem precisa de coesão, lógica e backspace, não é mesmo?

17.3.09

Cultura ilegal

Lembro-me de, em 2004, estar olhando o livro de uma enciclopédia que temos aqui em casa, da época que eu e minhas irmãs fazíamos pesquisas escolares por ela. Folheando as páginas, um boxe me chamou atenção – ele falava sobre uma nova extensão de arquivo, a qual compactava as músicas de maneira que o ouvido humano não percebesse a perda de qualidade e que ocupava muito menos espaço que o .wav, padrão de som nos computadores: o .mp3.

Na época não liguei muito para aquilo, talvez por eu não acessar muito a internet.

Mas o tempo passou. De repente, aquele termo aparecia em alguns sites, um ou outro gadget possuía a tal sigla e, quando me dei conta, um mp3 player era sonho de consumo de muitos.

Aos poucos aquilo foi se tornando cada vez mais cotidiano. O download ilegal de músicas tornou-se algo tão banal que aqueles que não o praticavam eram marginalizados. Mesmo os que podiam pagar pelos CDs de suas bandas preferidas não resistiram à impunidade virtual, criando uma revolução na maneira de escutar música.

Os ecléticos descobriram que havia muito mais estilos musicais do que pensavam; quem não gostava de nada acabou se apaixonando por alguma batida; e aqueles que só gostavam de funk, pop e axé denominaram-se “epiléticos” (desse site eles devem gostar).

Estava tudo indo muito bem até alguém lembrar do pessoal que tira seu sustento pela indústria fonográfica. Compositores, pessoal do áudio e até faxineiros das gravadoras começaram a ficar preocupados com tudo isso.

Amparados pela lei (com motivos de sobra), tais grupos obtiveram sucesso em muitos casos. O mais recente em âmbito nacional foi o fechamento da maior comunidade do Orkut destinada à troca de links para downloads: a Discografias, que contava com mais de 900 mil membros.

Nem vou dizer que isso foi só pra inglês ver, porque quem quer mesmo os arquivos ilegalmente vai procurar pelos outros infinitos meios que a internet oferece. Mas ainda assim é uma medida um tanto polêmica.

Todo mundo já percebeu que o sistema atual de venda de músicas é falho. MUITO falho. Mas, ao invés de criarem algo inovador e eficiente, as grandes gravadoras continuam insistindo no que, na era pré-banda larga, funcionava.

Claro que temos nossa parcela de culpa, mas não somos os únicos. Inúmeras pessoas e empresas lucraram com tudo isso, inclusive gigantes do mercado.

Primeiro, o mais óbvio de todos: fabricantes de mp3 players e celulares. Um dos motivos para a popularização do formato .mp3 é a praticidade que tais aparelhos oferecem – apenas alguns cliques são suficientes para depositar centenas de músicas. E o aumento exponencial na capacidade de armazenagem agrava ainda mais o problema, uma vez que não adianta de nada ter 60gb disponíveis no iPod e manter uma lista com meia dúzia de canções. Não vejo nenhuma dessas empresas pedir desculpas, ou qualquer coisa que demonstre o mínimo de responsabilidade por tudo isso (a não ser a Apple, que criou um sistema de vendas online, mas que ainda assim retira seu lucro).

Alguns dos outros inúmeros ramos beneficiados com tais meios ilícitos de entretenimento são o de venda de CDs virgens, fones de ouvido, DJs, até mesmo sites como o Last.fm.

Acho que na briga pelo uso de tais arquivos não se deve considerar apenas o lado dos profissionais fonográficos. Essa prática possibilita uma distribuição mais justa da arte. Proibir e punir todos que os seus adeptos poderia entrar na questão do elitismo cultural, privando os menos afortunados – como vem acontecendo há anos em nossa sociedade.

E, como é na crise que as soluções aparecem, creio que estamos diante de uma mudança na maneira de avaliarmos a música. Seu valor monetário com certeza caiu, enquanto o valor “artístico” tende a aumentar. Em breve soluções criativas devem começar a surgir, e aquela que beneficiar ambas as partes, consumidores e produtores, prevalecerá. Até lá, basta esperar, especular e, claro, protestar, da forma que cada um pense que é a melhor – inclusive baixando ainda mais músicas.

11.3.09

Magnetismo divino

Como devem saber - não creio que desconhecidos leiam isso - passei pra Direito na UFF esse ano, pro segundo semestre. Graças a isso, fui hoje de barca a Niterói fazer minha matrícula.

Na volta pro Rio de Janeiro, eu e todos os passageiros nos deparamos com um homem divulgando pra quem queria ouvir (e aqueles que não queriam também) a filosofia de sua igreja.

Até aí tudo bem, fanáticos religiosos não são tão incomuns assim.
Discurso vai, discurso vem, e o cara vem e diz "as cartas da Elma Chips são demoníacas". q. Achei que havia escutado algo errado, mas não, ele realmente quis dizer aquilo: segundo ele, tais cartas tem o poder de liberar os dragões e cobras no mundo. Devemos nos salvar deste mal enterrando-as - nunca queimando-as, é importante enfatizar isso.

Além disso, ele afirmava que Deus nos dá um poder magnético, com o qual devemos praticar o bem. Ensine-me a controlar esse tipo de coisa e vou fazer um bem danado pra minha vida sem me mover pra pegar as chaves antes de sair de casa.

Depois de minutos falando, alguém resolve mandar um "SHHHH". Nesse momento, o PASTOR dele levanta e confirma tudo que o indivíduo havia falado, com apenas um comentário: "Vocês não podem falar nada, são todos pecadores impuros! Deixem quem tem a alma pura falar!". O cara interrompe seu manipulador ideológico e fala: "Desculpe, mas eu admito que não sou puro. Ando fumando aquela malvada maconha."

Juro que nessa hora deu pra ouvir o coro de pensamentos "ah, agora tá explicado" na barca.

Ainda assim ele continuou falando dos dragões, Elma Chips, Bíblia, Magnestismo, Homossexualismo e Apocalipse, sem ninguém dar a menor importância. A moça ao meu lado ria baixinho enquanto lia uma apostila de Segurança do Trabalho, falando de extintores. Posso garantir que combate a incêndios não é uma matéria muito engraçada.
Quando chegávamos à estação, o sujeito começa a resmungar pra si mesmo "Essa tecnologia avançada.. pff! Deveriam seguir o caminho psíquico!", e continua falando sobre Jesus:

- Vocês acham que só porque Jesus morreu acabou tudo, é? Acham que ele não deixou herdeiros? Jesus venceu a morte! Só porque ele morreu não acabou!!

Nessa frase ele acabou com toda a doutrina Cristã. Ele está ignorando completamente o fato de que, com a morte de Cristo, formou-se uma legião de seguidores do filho de Deus, originando a criação de uma Igreja, que influenciou diretamente diversos acontecimentos durante a História mundial.

Um tipo desses sofreu lavagem cerebral, não é possível.

Acho que ele está errado quanto a muitas coisas, mas ainda assim ele está no seu direito de opinião e crença. O que me intriga é a seguinte questão: será que ele pode ser considerado vítima de uma sociedade sem perspectiva que o fez acreditar fielmente nas palavras bonitas de um homem, ou será que ele tem consciência do que diz e pode ser realmente considerado responsável pelo que divulga?

Em todo caso, foi uma experiência realmente intrigante. Ainda mais porque não faço ideia de quais sejam as tais cartas da Elma Chips.

8.3.09

0 - Viver

Sabe quando uma única imagem, site, notícia, comentário, consegue acabar com seu dia? Quando, de repente, colocam um espelho na sua frente e você não gosta do reflexo? Quando, apesar de tudo, você começa a sentir um nada? Pois é.

Tudo aquilo que você acreditou ser o correto e melhor caminho a se seguir vira alvo das dúvidas mais cruéis. Seu modo de falar, agir, vestir. De viver. Até mesmo supostas qualidades e defeitos são questionados. Uma síntese da personalidade, vista por você e pelos outros; uma reforma.
Mudar de país, de corpo, de mente, de gostos, e do que mais for necessário para atingir um estado de satisfação (utópico, claro, caso contrário não seria um post sobre um adolescente sequelado).

Parando pra pensar, a resposta mais óbvia parece ser a mais adequada: crescer. Amadurecimento não acontece apenas dos 13 aos 16 anos, a época que seus professores falam “vocês não são mais alunos do ensino fundamental!”, e sim sempre, mesmo que você se recuse. Engraçado que antes era “automático”, como se eu absorvesse sem ao menos questionar. Hoje tenho ideia do que precisa ser repensado, mas imagino que não será tão fácil quanto antes.
Queria saber escolher e separar melhor as coisas, ser menos babaca, ter mais atitude, ser mais inteligente, mais simpático, criativo.
Mas ao mesmo tempo não quero. Meu maior medo é me transformar em outro “eu”, perder minha identidade.

Nunca fui de fazer uma lista de metas no início do ano, mas quebrei o jejum de 17 anos e comecei 2009 com 5 objetivos:

1 – Passar no vestibular
2, 3, 4 e 5 – Não posso dizer, heh. Mas serão cumpridas em breve, com uma pequena modificação.

Vou criar uma 6ª: seguir em frente, não me arrependendo de nada. Viver da melhor maneira possível, e corrigir o que for necessário. Perder a vergonha que sinto de certas coisas, aprender a gostar de uns, ensinar aquilo que posso, esquecer o que devo. Admirar as coisas belas da vida, procurar mais as qualidades, não os defeitos nas pessoas; ignorar certo valores sociais, principalmente os fúteis. Buscar o modo de atingir minha felicidade e daqueles que me cercam, sem afetar os demais. Estudar, entender o que estudo, gostar do que estudo. Me dar mais uma chance, e, sempre que possível, repetir esta meta.

Sinto que, finalmente, percebi algo que, na verdade, não se encaixa no conceito ordinário de tempo. Sempre existiu, mas sem um começo. E nem fim.

4.3.09

Parnasianos do orkut

Qualquer um com acesso à internet (ou à civilização) está ciente do fenômeno orkut: uma rede social onde você demonstra seus interesses, mantém contato com diversas pessoas, seja do seu trabalho, escola, vizinhos – inclusive aquele chato que continua na sua lista de amigos porque é realmente engraçado ver o tipo de foto que ele insiste em postar.

Uma ideia realmente nobre, tanto que esse tipo de site é quase sinônimo de web 2.0.

Mas, como de praxe, todo bom invento acaba sendo descoberto pelos idiotas. Aconteceu com os lasers: um ótimo recurso científico que, com a produção em massa e algumas vidas chinesas, tornou-se um dos maiores trunfos dos seus vizinhos pivetes quando você traz uma amiga pro seu quarto. Com a internet não seria diferente.

Você provavelmente pensou no pessoal de cabelo descolorido, desconhecimento das regras de pontuação básicas e frases óbvias, como “c acha o bigmac mais eh um pao com ovo”. Na verdade não é esse tipo que me irrita, e sim o pessoal que, em 90% dos casos, pertence ao movimento “fake”.

Essa gente não sabe usar o photoshop, acham que escrevem bem e tem a mania de quer serem criativos. Pois bem, o antro das ideologias desse pessoal desmente tudo:



diva miley cyrus


Agora, o que mais me irrita nessa gente é a mania de padronizar tudo, tal como parnasianos.

No tópico de “avaliação do perfil”, percebam a uniformidade das “dicas” dadas pelos tão sábios moderadores. Nem os depoimentos escapam dos olhos de águia deles. Quer dizer, se um amigo seu te mandar um depoimento sincero, porém fora dos padrões estabelecidos pela nata da sociedade dos fakes, você está automaticamente fora de moda.


Não sei quem é pior: aqueles que avaliam, ou os que pedem pra serem avaliados. Será que eles também tem o lema “arte pela arte”? Um dia talvez pergunte o por quê de não haver nenhum tipo de conteúdo nos tão amados orkuts deles. E, se esses forem uma extensão da personalidade, prefiro manter-me longe de tipos assim.