9.12.13

A quem interessa minha vida? Se eu morrer aqui, agora, quem vai dar a maior das guirlandas de flores e a mais pesada lágrima a escorrer do rosto?

Meu chefe ou minha mãe? Meus amigos ou meu stalker? Deus?

Já morri mesmo, não me interessa o que mortais pensam. 

On the day that daniel Cowman stopped existing
The world should've ended right there and then
At precisely four-fifteen when he stopped existing
The world should've ended
How could it go on?
How could it go on?
How could it go on?

Mas aí planejam meu enterro, fazem atestado de óbito e eu: morto. E se eu só quiser desaparecer, sumir do mapa, que fazer?

Ah, nesse caso é morte presumida, diria o jurista que fez seu dever de casa. Código Civil, artigo foda-se.

Mas e então, e daí, que faço eu? Eu que fiquei, eu que chorei, eu que sofri?

Bem, você eu não sei, mas eu já não existo mesmo, diferença é que não faz pra mim. Morri pra você, morri pro mundo. Morremos todos, vivemos poucos, sofremos o tempo inteiro. Relatos de uma madrugada que mal chegou e já trouxe a melancolia

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