11.10.15

se era pra ser entusiástico qualquer discurso aqui proposto desculpo-me sinceramente à leitora desconhecida, mas peco pelo desânimo com qualquer pouco obstáculo no caminho.

salvo-me, entretanto, pela curta memória em minha lembrança, sempre substituindo os dramas de outrora pelo fracasso de ontem. sigo, sigo, sigo, coleto alegrias e tristezas tentando cristalizá-las em algo inteligível mas veja, veja, veja bem: jamais consigo. Leitora, veja bem, eu não consigo pois tais palavras, sentimentos, seus dramas e compromissos são sempre compromissos com minha própria mente, leitora, veja, eu nunca nunca consigo transmitir sentimento de vida, sentimento contraste, sentimento sol poente sobre as águas e folhas sobre os prédios e suas nuvens sempre chuvosas.

Leitora, estou preso numa realidade caótica que te obriga obriga obriga a adequar-se à lógica imposta para tentar realizar os sonhos que você acha que precisa. Leitora, até os ônibus estão infestados de propagandas. Leitora, eu nunca soube o que faço.

Doses homeopáticas de adrenalina pontual são o que me lançam ao dia de amanhã. Algumas são pensamentos, a maioria são pessoas. Uma em particular, ato perigoso eu sei, eu sei, mas é um sentimento tão bom que sem ele eu não sei o que seria de mim hoje.

Não sei terminar bem textos, peço desculpas, jamais me ensinaram a rebeldia necessária para levar a luta ao desespero. Peço paciência e perdão à leitora distraída.


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